terça-feira, 1 de março de 2011

Comunicação Espiritual

Quando se usa a expressão comunicação no ambiente espírita, pensa-se logo nos variados meios da manifestação mediúnica. É claro que não deixa de ser também comunicação, pois trazem também muita informação, instruem, ensinam, educam... Mas a comunicação espírita não se restringe à manifestação dos espíritos. Ele vai além, com o próprio conteúdo da Codificação, suas obras complementares e a natural continuidade das instruções que chegam do Plano Maior, a exigir nossa atenção, prudência e contínuo estudo.
Isto pede o interesse pelo estudo e divulgação, convidando aos esforços pelo espalhar da mensagem espírita.

Em O Livro dos Espíritos, no item VI da Introdução, encontramos o comentário de Kardec sobre o caráter das comunicações com os espíritos - que podem ser ocultas (pela influência que exercem em nosso pensamento e sem o nosso conhecimento) ou ostensivas (pelas variadas formas de manifestações, como movimentação de objetos, ou contato com médiuns experientes). Já no comentário à resposta da pergunta 973, o Codificador mostra os resultados dessas comunicações, colocando-nos cientes das realidades da vida além da morte. Em outra obra, em O Livro dos Médiuns (capítulo X, Na 2ª parte), podemos encontrar a classificação das comunicações dos espíritos, dividas em grosseiras (que chocam a decência; na maioria das vezes praticadas por espíritos imperfeitos), frívolas (levianas; também praticadas por espíritos imperfeitos), sérias(úteis sob vários aspectos; praticadas por espíritos mais evoluídos, principalmente nas reuniões em casas espíritas) e instrutivas (que visam um ensinamento; praticada na maioria das vezes pelos espíritos protetores, os “anjos da guarda”).

No processo de comunicação espiritual, como na comunicação padrão, temos um transmissor e um receptor da informação e entre eles um canal. Como característica de um bom comunicador temos o perfil de um bom observador. Por sua vez, a qualidade da comunicação é avaliada pelo receptor. Observem os leitores na qualidade dos personagens envolvidos na questão, em vista da qualidade da informação e da recepção da mesma informação.

Quando há a harmonia entre as partes (transmissor, canal e receptor) a comunicação espiritual se faz com sucesso e a mensagem é normalmente apreendida pelas pessoas envolvidas no trabalho espiritual. Isso acontece quase que em plenitude quando a casa espírita que efetua os contatos é experiente, pois a mesma sabe como diferenciar os espíritos sérios dos espíritos levianos através de seus médiuns.

Quando a comunicação se faz através de indivíduos (médiuns) pontuais inexperientes e em locais inapropriados as mensagens que são captadas na maioria das vezes são inúteis, pois, não são filtradas como na casa espírita. Assim, mensagens sérias se fundem com mensagens falsas de espíritos levianos (presentes em maior parte nesses casos) e o ganho, no que tange a evolução do ser humano através da aprendizagem das causas espíritas é quase nulo.

Portanto, uma boa comunicação acontece quando o grau de experiência do receptor, no que tange a sua mediunidade e espiritualidade, é avançado e o permite a passagem da mensagem correta e integral, que foi transmitida pelo plano espiritual, para com os membros do grupo espírita.

Por: Michel Duarte

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