As grandes provas são quase sempre o indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor a Deus.
O desastre do terremoto seguido de uma tsunami devastadora, observado nessa sexta-feira, 11 de março corrente, na Península do Japão inclui-se no capítulo das Provas Coletivas. Além dos mortos e feridos, estão sofrendo essa prova os familiares duramente atingidos, os amigos e colegas de todas essas vítimas que estão espalhados pelo mundo. A tragédia caiu sobre verdadeira multidão. Estamos em face de um processo de desvinculação em massa. Quantos lares enlutados pela perda de entes queridos, quantos corações dilacerados, quantos espíritos aturdidos pela brutalidade da ocorrência!
Tudo isso parece aterrador, desnorteante, como se estivéssemos num mundo caótico, sem ordem, sem lei, sem Deus. Não obstante, o Universo nos responde com a ordem absoluta das suas leis que tudo regem, desde a relva humilde na Terra até as constelações gigantescas no infinito.
Nada acontece por acaso. Tudo resulta da lei de causa e efeito. E todo efeito tem um sentido: o da evolução. Todos somos espíritos faltosos e sofremos as provas que pedimos antes de encarnar. Temos dívidas coletivas a resgatar. Mas além do resgate espera-nos a liberdade, a paz, o progresso. Então, temos de apreender essa tragédia como algo dirigido pela providência divida, algo previamente escolhido pelos espíritos agora desencarnados, através do livre arbítrio, para sua própria evolução em coletivo.
Transferidos para a Vida Maior, que realmente corresponde às necessidades e à sua natureza, são todos eles seres espirituais e não materiais. Agora precisam da compreensão dos entes queridos que ficaram na Terra para que possam seguir em suas evoluções contínuas no mundo espiritual. Precisam de paz, de preces, de bons pensamentos, das vibrações de sincera amizade para se recuperarem em espírito.
Por: Michel Duarte (Adaptado dos Ensinamentos Espirituais de Emmanuel)
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