Hoje, dia 15 de julho de 2011 completam-se 10 anos de um dos momentos mais tristes de minha vida, a perda de um dos meus grandes amigos, de um amigo que fez parte da minha infância, que dividiu momentos felizes e tristes ao meu lado.
A sua partida prematura, ainda na adolescência, trouxe muita tristeza e sentimento de incompreensão e de impotência a todos os familiares e amigos que o amavam (e amam) tanto. Foi tão rápido que nos leva a crer que realmente foi um chamado de Deus, e que sua missão nesse planeta já tinha sido cumprida.
A Doutrina Espírita nos ensina, através dos escritos dos próprios Espíritos Superiores, que a morte natural ainda na juventude indica que estas pessoas estão em grau espiritual elevado e que foram poupadas de sofrimentos futuros como as doenças degenerativas e as dificuldades no que tange tudo o que há de ruim no mundo material (desigualdades, injustiça, violência, vícios e etc.), por já terem superado etapas de provações maiores em outras vidas.
Nada acontece por acaso. Tudo resulta da lei de causa e efeito. E todo efeito tem um sentido: o da evolução. Todos somos espíritos faltosos e sofremos as provas que pedimos antes de encarnar. Temos dívidas a resgatar. Mas além do resgate espera-nos a liberdade, a paz, o progresso. E nesse caso, da morte de meu querido amigo, uma grande provação caiu sobre nós (familiares e amigos), e nosso dever é entendê-la da melhor maneira possível. E tenho certeza que, com o passar de todos esses anos, conseguimos, em parte, entender que a Providência Divina é quem nos rege e condiciona nossos caminhos.
Entretanto, a saudade de sua amizade, de sua companhia, de sua maneira de falar, de seus belos desenhos e de horas jogando Super Nintendo ainda é muito presente em minha vida e, com toda certeza, na vida de todos os seus familiares e amigos. Mas, a saudade é boa e a esperança de um reencontro é quase uma certeza.
Tenho a plena certeza de que no momento de minha partida terei o prazer de ser recebido no mundo espiritual pelos meus entes queridos que lá já se encontram (meus avós, minha tia e meu grande amigo Betinho) e que lá novamente nos reuniremos pelo trabalho da construção e da disseminação da moralidade cristã e espírita.
Espero que esta seja uma certeza também nos corações dos familiares e amigos do Betinho.
Através das boas orações, deixando as súplicas de lado, e acalmando nossos corações, podemos chegar mais perto de quem a gente ama e que já não está em vida material ao nosso lado, mas que estão nos guardando sempre através de sua presença espiritual.
Meu grande amigo, quão grande é a saudade que sinto de nossas travessuras, de nossas partidas de futebol no campinho da igreja em Barbacena, de nossas comemorações e sofrimentos (faz parte! Hehe) nos jogos do Cruzeiro, de nossas saídas para paquerar, (ele era bem melhor que eu nesse quesito! Hehe) das nossas idas aos parques das exposições agropecuárias de Barbacena. São tantos os momentos que fica difícil descrevê-los por completo, mas com toda certeza eles fizeram parte da minha história e você meu amigo vai estar sempre no lado esquerdo do meu peito, e tenho a certeza de que ainda vamos rir juntos das tantas histórias vividas em nossa infância.
Amigos para sempre é o que nós iremos ser... na primavera ou em qualquer das estações... nas horas tristes nos momentos de prazer... amigos para sempre!
Até logo meu querido amigo Betinho!
Um grande abraço e conforto a Mila, mãe de meu querido amigo, as irmãs Fernanda, Paulinha e Milena e a todos os seus amigos e familiares que compartilharam juntos comigo tantos momentos felizes ao lado do Betinho. Tenham a certeza de que Betinho (filho) e Roberto (pai) estão juntos nesse momento e olhando por todos nós.
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