segunda-feira, 11 de abril de 2011

Extinção do Mal

Na didática de Deus, o mal não é recebido com a ênfase que caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.

Por isso, a condenação não entra em linha de conta nas manifestações da Misericórdia Divina.
Nada de anátemas, gritos, baldões ou pragas.

A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.

A propósito, meditemos.
O Senhor corrige:
a ignorância: com a instrução;
o ódio: com o amor;
a necessidade: com o socorro;
o desequilíbrio: com o reajuste;
a ferida: com o bálsamo;
a dor: com o sedativo;
a doença: com o remédio;
a sombra: com a luz;
a fome: com o alimento;
o fogo: com a água;
a ofensa: com o perdão;
o desânimo: com a esperança;
a maldição: com a benção.

Somente nós, as criaturas humanas, por vezes, acreditamos que um golpe seja capaz de sanar outro golpe.
Simples ilusão.

O mal não suprime o mal.

Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e nos adverte de que a única energia suscetível de remover o mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.


Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Chico Xavier. Livro: Brilhe Vossa Luz


Nota Minha: Esse texto nos mostra o quão importante é a nossa reação - moral, cristã e para o bem - quando algo de mal nos assola. Nossa evolução espiritual também depende de nossas escolhas com relação à esses tipos de provações.
O caso do massacre das crianças na escola de Realengo - RJ, nos mostra o quão infeliz foi a atitude daquele jovem que, tomado por um ódio cultivado por anos, causado por algum tipo de humilhação sofrida nos tempos de escolaridade, resolveu liberar uma energia maligna para eliminar a outra energia maligna que ele cultivara dentro de si por tanto tempo. Sua atitude foi devastadora, ele apenas conseguiu disseminar o mal e a tristeza em várias famílias inocentes. E agora, como nos ensina a Doutrina do Espírito, estará sofrendo, pois perceberá que seu intuito de fazer justiça sobre almas inocentes não obteve sucesso. Somente cultivando o bem, e não desejando o mal para quem o fez sofrer ele poderia superar sua tristeza e exterminar sua revolta. Entretanto, com seu livre-arbítrio, ele escolheu o pior caminho quando optou pela vingança, e o pior, pela vingança covarde sobre crianças inocentes. Agora sofre para o bem de sua evolução, e chora sua pior escolha.
Por isso tudo, temos que orar por essa alma que agora sofre e emplora por misericórdia, e que pode agora ter apreendido o que realmente fez e o que deveria ter feito na realidade.
Para as crianças que se foram, devemos orar também, mas elas, certamente, estão agora nos braços de espíritos bons que as farão entender os fatos ocorridos, ou seja, estaram em melhor caminho do que aquele.
Nossas orações maiores devem se dirigir à família dessas crianças e também à alma daquele jovem infeliz.
Que Deus, em sua Divina Providência, tenha piedade desse pobre espírito.

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